…cada vez mais. Passei quase dois dias no silêncio, só interrompido pelos telefonemas do lobo e uma ou outra mensagem. A televisão não se liga. O som do computador não se liga. E fico no silêncio. Como eu amo o silêncio. Há alguns anos eu não suportava o silêncio. Em casa dos meus pais quase não havia silêncio e quando eu saí de lá, para ir estudar a 400 km de distância ficava com crises de ansiedade quando tinha de chegar a casa e havia um silêncio ensurdecedor. O silêncio e a solidão perturbavam-me muito.
Hoje aprecio muito o silêncio. Não chego a apreciar a solidão porque não me sinto só. Mesmo quando estou sozinha não me sinto só. E é neste momento que eu percebo como cresci, como evoluí, como sofri tantas alterações sem dar conta…Os lobitos são como eu também não gostam de barulho.
O meu fim-de-semana foi passado entre meditações, pensamentos e sentimentos. Foi um fim-de-semana muito produtivo.